Eu fico impressionada como ainda existem historiadores capazes de justificarem a escravidão pautando-se na tal lei onde “o mais forte domina o mais fraco”...
Eu digo historiadores, porque quem não é historiador, ou graduado em história, ainda consigo (sem muita paciência ) compreender sua ignorância, já que se a pessoa não se dispõe a estudar especificamente a História da humanidade, não tem a obrigação de saber ou analisar suas implicações.
Mas vamos aos fatos: é comum utilizarem argumentos como este, onde a dominação de um povo ou civilização sobre outra é justificada por sua digamos “força estratégica”, “capacidade”, “organização política”, “tecnologia”...etc...etc... Daí surgem os dominados neste cenário, no qual, se transformam em “produto” de ganho dos dominadores. E alguns colegas historiadores justificam o domínio bem como todas as suas implicações morais, religiosas, econômicas, sociais ... legando o ônus do sofrimento dos primeiros ao efeito da causa – e não o contrário.
Como justificar a invasão, a deploração, a coerção e tantas outras atrocidades cometidas por uma civilização em relação a outra, simplesmente por atributos subjetivos, já que a força e a capacidade não podem jamais serem julgadas do ponto de vista objetivo, pois a heterogeneidade humana é tão latente que a comparação perde o valor, seja ela em que sentido for!!!!!
Pessoas que deveriam estar lutando contra este tipo de conceito, que gera preconceito, racismo e discriminação, insistem com sua pseudo-intelectualidade a perpetuar este tipo de pensamento...
Fico triste, quase desanimada quando me deparo com este tipo de conceito por parte de colegas. Mas é a vida...”assim caminha a humanidade”... não posso desistir nem tão pouco pensar em retroceder... Lutar contra este tipo de mentalidade é o papel do professor de História... afinal, conteúdos são conteúdos...a compreensão e análise crítica destes é que o transformam em instrumentos de manipulação ou conscientização ... e eu ...escolhi a segunda opção!
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