Desde o Brasil Colônia, a política educacional foi negligenciada e até mesmo excluída dos planos de governo no país.
Na realidade, o descaso que hoje todos podemos observar, não é fruto de um governo isolado, ou da negligência de algum governo anterior...e sim a conseqüência da negligência total de todos os governantes que por aqui passaram, seja do período colonial, imperial, republicano, ditador ou liberal.
Não há um “cristo” a se crucificar, mas sim toda uma história de decisões, direções e políticas educacionais implantadas muitas das vezes como paliativos, ou na maioria destas vezes, para atender a demanda seletiva de uma sociedade oligárquica, elitista, excludente e autoritária.
O Brasil é hoje o nono país com maior índice de analfabetismo na América Latina. Além disso, a qualidade do ensino é reconhecidamente inferior ao que deveria ser utilizando-se como base os países desenvolvidos.
Isto se deve às formas de implementação de políticas educacionais e, principalmente, ao objetivo destas políticas, que sempre atenderam a uma minoria, excluindo da escola os afro descendentes, os indígenas e por tabela, os pobres ( em sua maioria compostos por estas duas etnias ).
Mas, acredito que com a democratização da gestão escolar, a Educação no Brasil poderá dar um salto em relação ao desenvolvimento de políticas voltadas à qualidade de ensino. Isto pq envolve tanto um lado da moeda (os políticos que fazem, regem e direcionam as leis) quanto a comunidade que tem o poder do voto e influência nas decisões que serão tomadas.
O que cabe agora, tanto ao corpo docente, quanto a comunidade de forma geral - e o indivíduo ativo que a constitui e que é parte mais interessada pois é o principal agente de transformações para si e para a sociedade – lutar pela concretização de tais projetos, ao mesmo tempo que implementá-lo, adaptando-o de acordo com a realidade ao qual se está inserido.
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