Após 122 anos de República,
25 anos de democracia...
E o Brasil vive mais um de seus inesquecíveis momentos históricos no cenário político nacional e internacional...
Após uma acirrada disputa eleitoral entre partidos historicamente opositores, hoje, dia 1º de janeiro de 2011, assume o cargo mais importante dentro de um país, a ex-ministra chefe da casa civil do governo anterior, a senhora Dilma Roussef, a primeira presidente eleita por voto direto , com preferência de 56% do total do eleitorado brasileiro.
Confesso que me emocionei. Não somente por ser mulher, mas muito mais por compreender o amadurecimento político de uma grande parcela da população. Porque se pensarmos o Brasil há quinze anos atrás por exemplo, seria impossível a eleição de uma mulher para presidente. Digo isto não apenas por se tratar de um país historicamente machista, mas por falta de amadurecimento mesmo, tanto por parte dos eleitores, quanto por parte dos partidos políticos envolvidos nas disputas.
Dilma representa a vitória da democracia, mas sobretudo, a vitória de uma classe desfavorecida em todos os sentidos – políticos, sociais, econômicos...
Sendo de esquerda ou não, ex-militante contra a ditadura ou não, antes de tudo, ela é mulher...e agora comanda um batalhão de homens e mulheres que serão subordinados à seu poder de decisão...por mais democrático que seja o regime...
Mas como nem tudo são flores, o que a espera é proporcional à sua vitória no que diz respeito a embates, bloqueios, oposição e até mesmo, assessoria para gerenciar este país imenso...
Ela que ande muito corretamente, pois temos um histórico político que não perdoa mulheres... Zélia Cardoso que o diga...
A oposição será responsável (como afirmam por aí), mas será dez vezes mais atenta do que o foi com o ex-presidente Lula. Serão implacáveis e o menor deslize, será motivo de desmoralizá-la e pior, poderão contar com a já prevenção inata do brasileiro em relação à administração feminina...
Não quero ser pessimista, longe de mim... quero que o Brasil dê certo..
Mas torço para que Dilma não tropece em algum “cisco” nesta caminhada árdua...
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