“Contrato social (ou contratualismo) indica uma classe abrangente de teorias que tentam explicar os caminhos que levam as pessoas a formar Estados e/ou manter a ordem social. Essa noção de contrato traz implícito que as pessoas abrem mão de certos direitos para um governo ou outra autoridade a fim de obter as vantagens da ordem social. Nesse prisma, o contrato social seria um acordo entre os membros da sociedade, pelo qual reconhecem a autoridade, igualmente sobre todos, de um conjunto de regras, de um regime político ou de um governante.”
Sobre a teoria do contrato social de Rosseau, concluo que o consentimento por concordância coletiva a que um líder, uma autoridade ou governo promova a ordem social através de regras ou regime, pautando-se pra isso na chamada “soberania do povo”, não concorda com a ideia de “igualdade e liberdade” já que esta sociedade é na maioria das vezes estratificada, desigual e carente de consciência política , esta última a inteligência dita por Rosseau.
Ou seja, tais explicações seriam legítimas, se considerasse antes a sociedade organizada e em um grau de evolução intelectual e politização suficiente para, aderindo ao contrato, pudesse , exercer sua soberania.
Infelizmente ainda não é o nosso caso nem da maioria dos países Republicanos e democráticos da América Latina.
O ser humano é o único animal capaz de tanta falência moral e ética quando "civilizado".
Creio que o meio influencia diretamente as ações de um indivíduo, principalmente se este se sente constrangido a ser o que não é, ou não ser o que gostaria de ser, em função desse meio, das regras impostas por uma sociedade que foi construída, no caso do Brasil, engessada por princípios e valores provincianos.
E este "estado de coisas", que defino como "o meio", considerando o homem de Rosseau, acabam por influenciar o homem a ser mau, ou deixar de ser bom rebelando-se. No primeiro caso, considero nossos políticos, que em meio à corrupção viciante, renegam quaisquer valores morais e se jogam na bandidagem. No segundo caso, o brasileiro bonzinho, apático, omisso...que se alegra com futebol, carnaval...jamais se rebelando.
Logo,entendo que, considerando a teoria do bom selvagem e suas implicações em relação ao contrato social, concluo que esse bom selvagem de Rousseau deveria muito antes compreender o sentido real da palavra LIBERDADE, para só depois abrir mão dela e se dispor a submeter-se em nome da "ordem" e da "paz social".
Infelizmente ainda não é o nosso caso nem da maioria dos países Republicanos e democráticos da América Latina.
O ser humano é o único animal capaz de tanta falência moral e ética quando "civilizado".
Creio que o meio influencia diretamente as ações de um indivíduo, principalmente se este se sente constrangido a ser o que não é, ou não ser o que gostaria de ser, em função desse meio, das regras impostas por uma sociedade que foi construída, no caso do Brasil, engessada por princípios e valores provincianos.
E este "estado de coisas", que defino como "o meio", considerando o homem de Rosseau, acabam por influenciar o homem a ser mau, ou deixar de ser bom rebelando-se. No primeiro caso, considero nossos políticos, que em meio à corrupção viciante, renegam quaisquer valores morais e se jogam na bandidagem. No segundo caso, o brasileiro bonzinho, apático, omisso...que se alegra com futebol, carnaval...jamais se rebelando.
Logo,entendo que, considerando a teoria do bom selvagem e suas implicações em relação ao contrato social, concluo que esse bom selvagem de Rousseau deveria muito antes compreender o sentido real da palavra LIBERDADE, para só depois abrir mão dela e se dispor a submeter-se em nome da "ordem" e da "paz social".
E quando se fala em liberdade soberana então, esse contrato consensual, democrático não por ditadura da maioria, mas regido por consenso mútuo e reflexo de muita discussão, é tão complexo, tão subjetivo, que se limita a ser pura utopia. Belo discurso, mas sem qualquer possibilidade de prática, principalmente em países onde a desigualdade social, a injustiça e a exploração é o carro forte.
Mas, se deixarmos de lado as implicações da desigualdade social e injustiça em relação ao conceito de liberdade, e considerarmos apenas o homem como ser social, a utopia permanece. Porque não somos imutáveis. Estamos o tempo todo em movimento e o que determina minha liberdade hoje, pode ser uma prisão daqui a alguns anos. E minha vontade consensual para o contrato, pode virar contra mim e ameaçar minha liberdade, fazendo- me ser mau de novo em virtude do meio (corrupto) ou continuar bonzinho (apático e idiota - nosso caso).
Enfim... o contratualismo ( que me perdôe Rosseau com toda sua inteligência e influência na história política e social da humanidade), forneceu mais um argumento com uma retórica impecável para a atuação implacável de nossos líderes....