Não precisa ser cientista
político pra compreender a dimensão que tomou as manifestações pelo “passe
livre”.
É só você fazer uma pequena
retrospectiva política de nossa história. Se voltarmos à Primeira República e
fizermos uma recomposição do processo histórico que culminou em nossa “democracia”
perceberemos que as rupturas de 1930 com Getúlio (apesar da CLT) , 1964 e 1985,
na realidade, foi uma espécie de mudança
de cenário, com personagens diferentes mas enredos muito parecidos, principalmente no que diz respeito a questões sociais, que estão em evidência nas manifestações de agora.
de cenário, com personagens diferentes mas enredos muito parecidos, principalmente no que diz respeito a questões sociais, que estão em evidência nas manifestações de agora.
Foi promulgada em 1988 a “Constituição
Cidadã”, a qual prometia-nos uma vida melhor, com dignidade e garantia de
nossos direitos sociais, civis e políticos. Uma esperança... que se desfez ao
longo destes quase trinta anos.
Na era “Collor”, ocorreu uma
espécie de espetáculo bem orquestrado, com direito a protagonista e
coadjuvantes das mais diversas categorias...e a mídia atuou como produtora...
levando ao delírio por alguns dias, uma massa de manobrados, sublevados pela
perspectiva de mudança...que não aconteceu.
A era Itamar , foi uma
espécie de “tapume”. Após anos de arrocho, descontrole da inflação e muito
sofrimento, eis que um plano econômico surge como a salvação para a economia de
um país sucateado por anos e anos de corrupção, desgoverno e negligência para
com seu povo. Durou pouco.
Chega FHC e toma o papel de
protagonista, em um cenário que inicialmente atua como o bom mediador entre a
economia e o IDH... mas logo em seguida, mostrou que o “desenvolvimento humano”
não era prioridade, frente a
possibilidade de transformar o Brasil , no Brazil dos sonhos de uma minoria
elitizada, excludente e com pouca disposição para “Latinos”.
Vem Lula... ahhh Lula...
apostamos tanto em você. Acreditamos que a “ruptura” agora aconteceria, pois como
líder genuíno de movimentos de
operários, trabalhadores e organizações civis fortíssimas em um período tão
conturbado de nossa política, sua equipe e seu partido conseguiriam romper com
as algemas do continuísmo, do entreguismo. O que experimentamos foi um momento
de empolgação, onde o crédito fácil, as políticas sociais e o controle da
inflação, nos tiraram de uma estagnação, para um movimento curto, lento, mas
movimento.
E agora Dilma. Mulher,
representante da luta em tempos de censura, de coerção, de ausência de direitos
políticos. Vem Dilma, nas costas de Lula, prometendo continuísmo...exatamente o
que não queríamos...exatamente o que nos oprime, nos angustia e nos dá este nó
na garganta que agora, explode em forma de protestos sem lideranças...
protestos espontâneos, cheios de mágoas, de rejeição, de inconformismo.
E os parlamentares? Qual o
papel deles nesta trajetória? O poder Executivo sabemos... sempre foi nosso
alvo. Mas e os parlamentares?
Estamos tão viciados ao
continuísmo, que até mesmo nossa indignação não os atinge. Não os toca...porque
estão blindados por esta cultura ...a cultura do continuísmo.
Caem presidentes, fecham
parlamentos. Redemocratiza. Permanecem. São imutáveis.
Até quando agiremos como
“guardiões” do parlamento brasileiro? Até quando permitiremos que estes
indivíduos que já demonstraram um profundo desprezo por nossa nação, atuem de
forma arbitrária, com medidas, projetos, ações que só os beneficia em
detrimento da maioria da população flagelada e desgastada por tanto desprezo?
É hora de pensar. Chega de
golpes, chega de deposições... chega de quedas.
Precisamos urgentemente de
RUPTURAS...
Pense nisso!!!
Só falar uma coisa... VOLTOU o busão pra R$3...
ResponderExcluirfaz sentido ficar feliz com isso e tal...
Mas... lembrem-se.. NÃO É SÓ 20 CENTAVOS!
Não pode deixar a qualidade diminuir junto com a passagem!
Tem que melhorar a qualidade também!
Tem que PRIORIZAR o transporte público!
Tem que auditar essas empresas!
PASSE LIVRE NÃO É UTOPIA:
http://www.youtube.com/watch?v=uTrh977gyCw