Quarta feira , 19 de junho
de 2013
Interessante o movimento das
opiniões nas redes sociais.
De um lado militantes de
partidos políticos de esquerda, como o PT , PC, PCdoB, se sentem traídos pelo
povo quando este pede que bandeiras de partidos políticos sejam abaixadas
durante a manifestação. Do outro, partidos políticos de direita, encabeçados pelo PSDB de "aecinho" e fhc, tentando a
todo custo, se autopromover como participantes do ato, obviamente focando o
governo federal - sua maior aspiração política.
E ainda têm os militantes de
partidos políticos diversos, mas da base do governo, que defendem a unhas e
dentes o alvo das manifestações: seus representantes.
A mídia, mudou o discurso
desde o segundo dia de manifestação. Antes, os manifestantes eram “baderneiros,
vândalos”. Agora, são manifestações pacíficas, com poucos “radicais”. Focam
cartazes sobre “corrupção”... como se a bandeira se limitasse a este “detalhe”.
E os repórteres e artistas globais? Comovidos com o movimento.
Mas o pior de tudo, é o
silêncio dos políticos. Estão todos eles, quietos demais. Os parlamentares, me
parecem, estão “trabalhando” à luz de velas. Aprovaram um projeto absurdamente
inútil, ridículo, preconceituoso, que claramente atende a demanda da minoria
das minorias: o projeto “cura gay”.
Não se manifestam. Não se
mostram. Estão calados.
E as manifestações seguem seu ritmo intenso. O povo sai às ruas como
quem vai para o trabalho, bater cartão.
Pelo menos a minoria da
população brasileira, já que somando todos os que estão nas ruas, dá menos de
3%.
Mas é uma minoria simbólica
e de muito significado, já que sua composição é de estudantes secundaristas,
universitários, professores. A faixa etária é diversificada, mas a maioria é de
jovens.
Os clamores são
interpretados de várias formas pelos espectadores. Aqueles que não participam,
mas julgam o tempo todo, de acordo com suas tendências. Os curiosos, aqueles
que sequer sabem o que está acontecendo na realidade, mas insistem em se
manifestar na rede social, pra dar sinal de que é “cidadão” também.
É muito material para
estudo. Porque revisando a história política do país, esta manifestação foge a
qualquer padrão anterior. Discursos desconfiados sobre “manobra política”,
“massa de manobra”, permeiam os meios intelectualizados, ou melhor dizendo:
“politizados”.
Mas a realidade é que o povo
está gritando e quer dizer muito. Não há apelos para deposição de governos, o
que vejo nas ruas são apelos sinceros por direitos sociais.
A queda da bastilha, nos
permitiu direitos civis. A redemocratização do país, direitos políticos. Mas
agora, o anseio é por direitos sociais!
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