pausa pra reflexão...

bem vindo ao meu cantinho...

sábado, 22 de dezembro de 2012

E o papel da Justiça como UM dos três poderes...


Outro dia um colega me perguntou: "você posta tanta coisa contra o STF, então você é contra a justiça à bandidos políticos? "


eu achei interessante o raciocínio dele, porque esse raciocínio é idêntico àqueles que produzem os argumentos dos conservadores de direita, que utilizam-se da bandidagem do outro para se moralizar.


Eu respondi que não.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

que baixaria Lula...que baixaria!!!!!







Eu fico perplexa com a burrice e ignorância de líderes de partidos políticos nesta pocilga que é a política brasileira!

Não perceberam que o eleitor de certa forma vem amadurecendo! Não perceberam que mudaram-se o contexto, a consciência, o perfil do eleitor! 

Se apegaram na política fundamentada na República velha, aquela das alternâncias combinadas... não entenderam que o eleitor que votou em Lula queria mudança...queria transformação ... não foram só as famílias carentes, os necessitados que votaram nele... grande parte da comunidade jovem, de universitários, de intelectuais, mostraram sua decisão colocando o barbudo na presidência!

E continuaram apostando no PT, porque apesar de tudo, apesar de ter que se adaptar ao "sistema de governabilidade" que é pela troca de favores, demonstrava também querer esta mudança... de alguma forma...

mas aí me aparece o ícone, a estrela do PT de braços dados com a cultura inescrupulosa, vexatória, elitista, excludente, mentirosa, corrupta, degradante representada por Maluff...e aí me vem petistas querendo justificar o injustificável.

Não PT... vocês deram um tiro no pé. Talvez por excesso de segurança, de auto-confiança...

vêm agora com discursos evasivos, falando em ideologia partidária, em diferenças ideológicas que não podem constituir entrave para o alcance do poder! Se esqueceram de Marina Silva, que levou 20 milhões de votos e colocou Dilma em segundo turno! Esqueceram-se que o "conhecimento" político de vocês não é mais suficiente pra determinar o caminho, o rumo a ser tomado nas urnas...que VOCÊS DEPENDEM DO ELEITOR, QUE AGORA NÃO VOTA POR CABRESTO. Mesmo que joguem fora seu voto, a maioria dos eleitores, têm a liberdade de escolha...e não estão nem aí pra suas estratégias partidárias, pra suas teorias de alianças esdruxulas! Não estão mais com um coronel na cola, aguardando o retorno das urnas!

Mentirosos!!!!!! Vocês estão reproduzindo exatamente o que há de mais vil na política brasileira.

só que vocês esqueceram-se que hoje, estamos em pleno seculo XXI e águas correram e que eleitores amadureceram... e o que vocês decidem em convenções de partidos, devem levar em conta o perfil do eleitor... deve considerar nossas aspirações, nossos desejos, nossas esperanças...

Não queremos continuar sendo representados por "oligarquias". Não queremos alternâncias...queremos mudanças!!!!

e vocês, a cada dia, estão demonstrando que já se viciaram na droga da cultura política brasileira.

vocês precisam de tratamento... vocês precisam perder este topete e ser mais humildes e aprender com o povo nas ruas!

bando de hipócritas!!! líderes de partidos...BANDO DE HIPÓCRITAS!!!!!

Pão não!!! Só circo...





É triste a situação da maioria dos municípios mineiros, no final de mais um mandato para prefeitos e vereadores.

É triste, é vergonhosa, quando se pensa que em 4 anos, tudo o que foi prometido em campanha, jamais foi sequer  cogitado realizar durante o mandato.

As justificativas? Não precisam. Apenas não cumprem o que prometem, afinal, o povo já está acostumado a esta cultura, a este círculo vicioso absurdo que se tornou a administração pública.

O povo se limita a reclamar do prefeito, do vereador . Se limitam a dar entrevistas em programas de tv, que utilizam exatamente as mazelas da população carente, para se promover.

Eu já vi um programa que produz até “hap” ao som da desgraça alheia. Enquanto o repórter entrevista, a música toca ao fundo. É um buraco que já foi uma rua, é lixo proliferando insetos, é posto de saúde sem médicos, é escola sem professores, enfim, uma série de “faltas”, de “ausências”, que são reclamadas, que são mostradas por tudo e todos, mas que têm como objetivo exatamente alimentar este círculo vicioso da politicagem brasileira, que faz com o povo se “divirta no circo”, mesmo sem pão no estômago.

E aí, tudo o aquilo que o povo sentiu durante quatro anos, todo o descaso, a negligência da administração municipal, às vésperas das eleições, se transforma em ...espetáculo.

É só você ligar a tv, que logo bombardeiam com anúncios de shows em fazendas, freqüentados por cantores dos  hits mais tocados do momento – aqueles bem alienantes, que tomam as paradas pra divertir jovens, crianças, adultos e até os mais idosos... afinal...tá na moda...

E os shows acontecem como que em um circo. Palhaços apresentam o show... elogiam o prefeito, prometem voltar no ano seguinte (claro e óbvio se o prefeito for reeleito) e ainda, mobilizam uma multidão de fãs que alucinados, só pensam em “quero mais...quero mais”...

E aí depois do show... os alucinados do circo voltam pra casa, comentando o quanto foi bom assistir de perto o “ai se eu te pego”... e chegam a falar que foi o melhor show que a cidade já teve...

É...

Nós temos o político que merecemos...

Estamos com fome... mas nos dão circo...e ainda assim, nos divertimos à bessa....

Mas o show, é agora... a administração dura 4 anos...

Não quero circo...quero Pão!!!!

e você???

domingo, 17 de junho de 2012

Nossos políticos não são culpados...são inocentes!!!!!!!





Eu fico ouvindo músicas, procurando imagens... relendo artigos sobre a época da ditadura brasileira. Um período terrível de nossa história, que manchou a política e desencantou toda uma geração que acreditava na possibilidade de uma República Democrática, pautada no direito à liberdade.

Fico perplexa com tudo, mesmo tendo se passado tantos anos...
Me lembro que minha infância foi já no finalzinho deste período...na década de setenta...onde meu pai ouvia “a voz do Brasil” e falava sobre política com minha  mãe... eu ouvia, criança ainda...mas compreendia que estávamos sob um período tenso... onde o falar e o agir, o pensar e o querer, só poderiam manifestar-se se fossem condizentes com a ordem vigente.

Me recordo do ano de 1985, da eleição pra presidente. Estávamos eu, meu pai e minha mãe, assistindo a tv. Foi transmitida ao vivo a votação. Eu tinha uns treze anos, e me lembro que meu pai e minha mãe ficavam eufóricos, cada vez que o voto era dado à Tancredo Neves. Eu também ficava, já que aquilo pra mim significava mudança e para melhor, pois se eles vibravam, então era pra melhor.

Mas o tempo passou... eu fui crescendo e comigo a consciência crítica. Me lembro de meu pai falando sobre política, participando de política, se candidatando... convivendo no meio e eu sempre ali, querendo saber mais, entender mais de política.

Esta política que já nasceu manchada, decadente, obediente à uma ordem, sem escrúpulos e individualista...inimiga do coletivo. 

Me lembro que mesmo assim, eu queria aprender, queria viver aquilo, porque talvez estivesse no meu sangue... no meu DNA...a tal da política.

Me lembro, depois de ter presenciado a subida de Collor após Sarney e sua descida cinematográfica,  de ter aprendido com o período de Itamar qual era o norte da política brasileira (com prioridades sempre voltadas para a macro economia),  e também, de ter visto FHC além de  apropriar-se do plano econômico que “deu certo” e de maneira arbitrária e totalmente antidemocrática apoderar-se de mais um mandato...vender nossas estatais a preço de bana... 

Me lembro de Lula, aquele operário (a minha cara ), sujo, barbudo, sem um dedo, falando errado... se transformar completamente, se “adaptar” ao meio e cumprir parte significativa de suas promessas, mas sempre pagando preço alto pra conseguir colocar em prática seus discursos proletários.. me lembro de vê-lo  entregar a faixa à Dilma... mulher revolucionária... emotiva...mas sobretudo com grande capacidade administrativa...mas diferente  dos outros não se dobrou às estratégias desta política de favores, consolidada desde a República velha...e por isso...foi execrada pelo parlamento, seguido pela classe média...Enfim, depois de tudo isso... entendi que os políticos brasileiros não são sujos, ou vis (senso  comum) como pregam tantos.

Os nossos políticos seguem o curso natural de nossa cultura politica.  Aquela que se formou desde o primeiro Reinado após a independência. Uma política voltada única e exclusivamente para atender aos interesses de uma classe que se formou às custas de uma outra classe...que sua a camisa, que trabalha, que consome, que faz  a roldana girar...

Uma cultura política alheia à realidade brasileira. Aquele tipo de política realizada entre quatro paredes, levando em conta a força partidária de situações e oposições...

Aquele tipo de política parecida em termos, com a que praticavam na antiguidade clássica... onde existia a democracia, mas quem a exercia eram os homens “bons”...patrícios... sendo que  os plebeus, os homens livres, os escravos, as mulheres, enfim, o resto da população jamais poderia cogitar em exercer...pois não tinham "qualificação" para tanto...

E os nossos homens "bons"  são nossos políticos. Os nossos patrícios, os donos de nossa terra...são eles, os nossos políticos. Mas é ela, nossa política,  quem decide entre “quatro paredes”, como será a administração pública e o que ela irá priorizar.

É óbvio que em época de eleições, os plebeus, os escravos, as mulheres, os homens livres, terão sua participação, diferente da democracia clássica, mas que também é uma espécie de aval (já que o regime pede), para que os homens "bons" possam tomar as decisões por eles...O famoso “contrato” de Rousseau??

Mas passadas as eleições, pra quê a massa? Pra quê? Senão para assistir os mandos e desmandos de seus líderes que através da política, determinam o rumo do país...

Nossos políticos não são maus. Isso é senso comum. Eles não são perversos. Não se enganem. Eles apenas seguem o curso natural de nossa cultura política.

É ela quem avaliza os senadores que entregaram o senado e o congresso nas mãos de um bicheiro.

É nossa política, a brasileira, que permite tanta corrupção, tantos desmandos por parte de nossos políticos. Ela é assim...sempre foi. Quem não se enquadra, está fora. Não fará parte do “bolo”...

E aí a gente fica acusando esses “coitados” de cometerem crimes... de serem desonestos...de corromper a Democracia.

Mas até nosso judiciário avaliza nossa Demonioracia, nossa política...por que  então culpar os políticos?

Se nossa mídia trabalha para blindá-los...para protege-los.

Se nossa polícia está a postos para atendê-los em caso de manifestações contra a ordem vigente...

Se nós…os eleitores , na hora do voto...reelegemos estes mesmos políticos que pelos quatro anos seguintes, farão exatamente o que fizeram nos mandatos anteriores...

Não gente, os políticos não são culpados...

Culpada é a política brasileira... os nossos políticos, apenas seguem sua vocação...






terça-feira, 22 de maio de 2012

Antissocial...ser ou não ser...eis a quetão!


                      Li recentemente um artigo de Ruy Castro, sobre a atual modalidade de relacionamentos sociais – as redes. No artigo, muito bem elaborado, o autor faz menção aos vários convites que recebe diariamente para fazer parte de redes sociais que ele sequer, sabe como funciona. Chega a ser intrigante sua postura, já que em pleno século XXI, a nova ordem estabelecida nos força a fazer parte de um mundo globalizado e multicivilizado, e  estabelece a necessidade de estarmos “ligados” de alguma forma a estas redes, com um número extraordinário de “amigos virtuais”, reais ou não,  mas que necessariamente passam pelo  crivo cibernético.

                       Mas o mais interessante no artigo, é que ele questiona implicitamente o conceito antoissocial do nosso século, pois por senso comum, alguém que não faz parte da “rede”, pode ser considerado “alienado”, “bitolado”, “isolado”, “retrógrado” e mais uma variedade de adjetivos que só alguém que não “curti” a rede, consegue colecionar...

                     E eu concordo com o Ruy. Como professora principalmente, percebo a necessidade de revisão destes conceitos. A rede se tornou prioridade nas relações humanas. Eu por exemplo, a freqüento de cinco a seis vezes por dia, para “visitar” amigos que nunca vi, mas com os quais tenho “amizades sólidas”, para compartilhar idéias, divulgar notícias de meu interesse, publicar fotos interessantes, participar de grupos fechados para discutir política, educação e por que não... a vida alheia...rs

                             E o vocabulário? Temos um específico. Aqui mesmo neste artigo, quando quero dar a entender que estou sorrindo, uso o “rs” que qualquer cibernético entenderia...mas não o Ruy.

                                E o que isso tem de ruim? O que tem de bom? De ruim, obviamente, está na transformação desta sociedade, através das relações artificiais. Até pouco tempo, tínhamos prazer em encontrarmos amigos reais, dividir nossa alegria, tristeza... olhar nos olhos e perceber a realidade daquele momento. Hoje, nossa amizade tem um intermediário, que é o visor, o teclado...a rede. Não temos mais acesso direto às nossas relações. Não usufruímos mais da naturalidade do falar, do agir, das feições que se formam a cada reação... e nos limitamos a copiar vocabulários, idéias. Não temos mais o desejo nem disposição para  pensar diferente do que foi pensado antes. Temos preguiça para nos relacionarmos. É mais cômodo não sair de casa... é mais fácil mentir via rede, e mais fácil ainda sumir também...

                                Podemos utilizar desculpas como “meu pc estragou”, “não tenho acessado a rede” e aquele vazio que você deixou por sua ausência é justificado facilmente.

                   E de bom? Ah, de bom temos a facilidade de divulgarmos idéias, de alcançarmos um número infinitamente superior de indivíduos, ao “compartilharmos” informações. Exemplo é este artigo do Ruy que encontrei na net e que agora vou compartilhar no face.

         Cabe a nós, seres pensantes, estabelecermos limites entre o real e o virtual. Estabelecermos as diferenças  entre relações sociais e relações afetivas.

Antissocial não pode ser considerado quem não está na “rede”. E sim, quem não tem afeto suficiente para se relacionar com quem quer que seja, na rede ou fora dela. 


sexta-feira, 30 de março de 2012

http://www.d24am.com/amazonia/historia/comemoracao-do-golpe-de-64-termina-em-pancadaria-no-rio/54427

sociedade, tome cuidado! Não há nenhum motivo para manifestações violentas, independente da causa. Estamos em um Estado Democrático de Direito e não queremos cair novamente no golpe da "moralidade", da "ordem contra desordem", dos "benfeitores" contra os "comunistas". Não dêem subsídios aos conservadores para que possam utilizar-se deles para justificar atos do passado ou na pior das hipóteses, cogitarem possibilidades de intervenções...já que infelizmente, existem ainda débeis mentais que acreditam que o período da ditadura foi uma espécie de "verdade" que só pertence ao raciocínio nefasto e absoltuo deles...

Sociedade tome cuidado! Não contem com a simpatia de uma população que infelizmente, em quase sua maioria, não possui consciência política suficiente para compreender manifestações emotivas, que apesar de serem justas, nao estão livres de infiltrações políticas com objetivo de descaracterizá-la.

Sociedade, tome cuidado! O "povo" apoiou o golpe. A burguesia apoiou o golpe. FOi um período onde a concentração de renda alcançou patamares altíssimos. Beneficiou muitos dos que hoje, aristocratas, não concordam com a Democracia. E aos leigos, aparentemente lhes ofereceu sensações de segurança... uma falsa segurança já que a maior violência passou a ser praticada pelas autoridades. Mas o leigo não compreende.

Sociedade, tome cuidado! Não rezem a cartilha dos conservadores. Não dêem subsídios para que recomecem a difundir a idéia de que o pleito, a luta por justiça, o questionamento, a crítica, a consciência política seja confundida com "inimigos da ordem".

isto é fato. Pensem