Tanta coisa aconteceu desde a última postagem, que fica
complicado fazer um remake à altura. Desde que o golpe foi instituído, este
país parece descer ladeira abaixo, em alta velocidade e pior, sem perspectiva
de que alguém assuma o comando e retome a condução.
Mas, para piorar e muito nossa expectativa de futuro, além
daquelas medidas administrativas de cunho econômico, político e social, tem ganhado destaque uma classe de
pessoas da sociedade brasileira que se mostra de uma perversidade inominável.
Não me refiro àqueles de verde amarelo, imbuídos de uma ignorância política
absurda, mas a pessoas específicas.
Essas pessoas, que por seus pensamentos e atitudes, demonstram quase que
uma psicopatia, não são capazes de desenvolver o mínimo de empatia. Nem por
animais, nem por seres humanos, nem por nada, nem por ninguém.
Racismo, homofobia, elitismo, misoginia, roubo, assassinato
e mais um monte de práticas perversas e abomináveis, fazem parte da “normalidade”
para essas pessoas, desde que as vítimas sejam pobres e fora do seu campo de
interesses. E estou falando de gente de perto da gente também. Gente da
família, da escola, do bairro ... além daquelas que normalmente o são: os
ricos.
Conclui-se que esse tipo de gente, os psicopatas, não tem classe social.
Não são só da classe média ou alta. Elas estão em todos os lugares, de todas as
classes. Óbvio, que visibilidade se tem quando é alguém pobre, ou classe baixa.
Mas este tipo específico de gente do mal, não tem classe social. Pode ser um
policial, professor, lavador de carros,
industrial, uma esposa de prefeito corrupto, um senador, um presidente da República.
Porque o caráter não está no bolso. Este tipo de caráter é inato. É questão de
índole. Essa gente do mal nasce assim...eles não se importam.
Coisas que pra nós são terríveis, como a do menino que caiu
do prédio por negligência e maldade de uma egoísta, psicopata, para essas
pessoas específicas, não significa nada. Eu li que tem gente considerando que a
mulher não tinha obrigação de cuidar do filho da empregada e aí, desprezam o
fato de uma adulta deixar uma criança sozinha em um elevador.
Não sei o que pensar nem o que sentir mais, pois é um
emaranhado de dor e revolta, ressentimento e mágoa, que consome quem não faz
parte desse grupo de perversos.
O jeito é seguir e continuar lutando pra ocupar os espaços,
até que estes daí sejam uma minoria inútil, fadada ao ostracismo , que é o
lugar que merecem.
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