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sábado, 23 de julho de 2011

"quanto mais alto voam, maior o tombo", como dizia o Zé Geraldo...



Quando se chega no topo... a tendência é descer pro fundo do poço...

Hoje, quero escrever sobre “quedas”.


Tenho assistido a corrida ao desenvolvimento de países como a China por exemplo, que alcançou níveis nos últimos anos  digno de uma super potência mundial.  O mundo está atento à China. Ao modelo de desenvolvimento Chinês. 

País dito “comunista”, mas que antagonicamente, exerce um modelo econômico dos capitalistas mais selvagens e que tem como único aspecto comunista, a predominância do poder do Estado sobre todas as esferas, e  peculiarmente,  exercendo fortemente o capitalismo de Estado, que descentraliza o governo local do nacional, sem contudo, minimizar o controle total do segundo  sobre o primeiro. 

Depois pensei no Brasil. Nos últimos anos, este paíse  subdesenvolvido até mudou de posição no ranking mundial de países em crescimento. Segundo os governantes, estamos no caminho do desenvolvimento “sustentável”. É verdade que muita coisa mudou nos últimos dez anos. A qualidade de vida de muita gente, a mobilidade social, que permitiu grande parte de uma classe “ascender” a outra e ainda, conseguiu minimizar o sofrimento de milhares de pessoas que viviam abaixo da linha da pobreza. Mas por outro lado, é um país que continua destruindo seus recursos naturais em nome do “desenvolvimento”...vide Belo Monte, é um país essencialmente agrário, já que nossa indústria  e tecnologia ainda caminha a passos lentos, é um país que não investe nas áreas da saúde e educação principalmente, enfim, é um país onde a desigualdade social é gritante...

Mas deixando a China e o Brasil de lado, voltei um pouco na linha do tempo,  pra falar sobre algumas quedas vertiginosas e importantíssimas na história das grandes civilizações. 

Desde que o homem deixou de ser coletor e caçador,  ele descobriu uma forma muito cômoda e conveniente de sobrevivência,  sem muito esforço. Descobriu a exploração do homem pelo homem.  Em toda a história das grandes civilizações, percebemos esta imutável forma de domínio, onde uma minoria encontra na maioria, a base de sustentação para a sua vida.  

O interessante, é que o desenvolvimento destas civilizações, como Athenas na Grécia por exemplo, que alcançou o ápice de sua  evolução no que se refere a economia, política e religião, se auto-destruiu, em função de não ter mais o que conquistar, quando se conquistou tudo. 

Sua sociedade, assim como a maioria das civilizações evoluídas neste contexto, praticou a diferenciação entre pobres e ricos, promoveu a separação física entre estas classes e deixou claro para a humanidade, como deveria ser o modelo de conduta para se alcançar o topo do desenvolvimento: a exploração do homem pelo homem. No caso de Athenas, ocorreu ainda a exploração de cidades por cidades. Em troca de segurança e apoio militar contra os vizinhos Persas, , Athenas cobrava de cidades vizinhas um imposto que convertia em grandes monumentos, construções fantásticas e muita farra na cidade Atheniense.  Paternon é um destes legados maravilhosos, em ruínas, mas grande representante deste tempo histórico.
Porém, Athenas encontrou em seu caminho, civilizações com maior poder de força, ou menos quem sabe, mas que se aproveitou da altivez e determinação daquela elite dominante, para puxar-lhe o tapete e assistir sua queda ...proporcional à sua altura. 

Pensei também nas civilizações Incas no Peru. Foram civilizações que alcançaram igualmente, um grau de desenvolvimento invejável à grande potência mundial de hoje. Mas, como via de regra, baseando-se na exploração do homem pelo homem...e da natureza pelo homem.
Ao alcançar o cume, o ápice, o topo... civilizações incas começaram a cair vertiginosamente, em função da degradação ambiental, da luta pelo poder, das guerras internas travadas em um momento em que inimigos externos se aproveitavam, assim como no caso de Athenas, da altivez e determinação daquela elite dominante, puxando-lhe também o tapete. Que queda...e de que altura. 

Poderia citar outras civilizações... mas pra não ficar um texto muito grande e cansativo,  prefiro chegar à moral da história. 

Entendi que enquanto o homem buscar desesperadamente o topo, o desenvolvimento a qualquer custo, a diferenciação de classes, à separação destas classes submetendo a maioria a uma elite dominante, cheia de altivez e determinação, buscando sobreviver às custas da exploração do homem pelo homem e da natureza pelo homem... estas quedas serão uma realidade e questão de tempo. 

A história nos demonstra isto. Não preciso citar super potências mundiais de ontem, que hoje lutam assim como nós , países em desenvolvimento, para sobreviver em meio ao caos financeiro, a crises que envolvem todo o mundo independente do continente... não preciso citar a super potência que até outro dia, era inabalável, mas que hoje demonstra uma vulnerabilidade que jamais imaginariam ter...

É só questão de tempo. A confirmação por repetição já foi constatada.


É só uma questão de tempo.

2 comentários:

  1. Em tudo que você nos diz , fica claro, para mim, que já uma grande luta de partidos, de classe, de gente que não aceita ceder em nosso país. E nosso país , toma, muitas vezes, a postura do Tio...rsrsrs Sejamos simples e evitemos também uma queda.Haverá como?
    Parabéns pela matéria!

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  2. verdade Helo... nosso país aprendeu direitinho a política dos "grandes"...

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